Meu Linkedin sempre está atualizado, mas também sempre está esquecido por mim. Hoje resolvi dar uma olhada no feed para saber o que minhas conexões andam compartilhando. Mas algo hoje estava diferente em mim. A reação de ficar impressionado com as descrições deu lugar a uma indiferença que eu não havia experimentado ainda. Dei um tempo e fui refletir sobre isso.
Essas conexões estão sempre rebuscando palavras para parecer a cereja do bolo que toda empresa deseja. Estão sempre empenhados em se destacar, ainda que isso lhes custe todo tempo que possuem para qualquer coisa. O feed não respira. E o mais impressionante é que quem mais vive uma rotina workaholic são os comunicadores. Sim, a comunicação parece uma eterna exploração da mente humana.
O feed está cheio de dicas de como ser produtivo ou ter um emprego dos sonhos. Encontrei muitas pautas sobre a mudança de comportamento das empresas para investir na qualidade de vida do profissional. Mas na prática, isso tudo está longe de se tornar realidade. Então eu lhe pergunto: Que emprego lhe faz feliz? Será que vale a pena um emprego que lhe afasta de Deus?
São Francisco de Sales dizia “Faça tudo com calma e em paz. Realize quanto puder, tão bem quanto for capaz”. Parece ótimo, certo? Mas infelizmente o mundo nos ensina o contrário.
O mercado nos diz “O profissional da comunicação não dorme”. Aliás, isso foi repetido inúmeras vezes ao longo do meu curso de jornalismo. Somos forçados a abandonar nossa própria alma em busca de oportunidades que teoricamente deveriam nos ajudar a cuidar melhor da alma. Faz sentido? Quando foi a última vez que conseguiu relaxar lendo um livro, que não era de estudo? E dar um passeio na praça com sua família? Lembra a sensação dos pés pisando na grama?
Como está a rotina de sono e alimentação? Fala-se tanto sobre a importância de zelar por estas coisas para ter uma boa saúde. Os exames médicos estão em dia? E o mais importante de tudo: Como está a relação com Deus? Há alguns dias, uma amiga comunicadora me disse que estava cansada demais para ir a Santa Missa. Queixou-se de estar se sentindo abatida e exausta com frequência.
A resposta para tudo sempre é “estou ocupada demais com o trabalho”. Depois de conversar sobre boas práticas cristãs que a Igreja Católica ensina, ela decidiu retomar a vida de oração. Buscou os Sacramentos e agora sente-se renovada.
Antes de sermos comunicadores, somos filhos de Deus. E não há demanda que supere esse amor sublime. O Pai nos chama a todo tempo para viver os sonhos Dele para nós; para que confiemos sempre na Sua vontade. Como comunicadores cristãos, temos que questionar se nossas escolhas profissionais são agradáveis ao Pai. Pois tudo que agrada a Ele verdadeiramente, é via de salvação e santidade para nós. E aí está nossa felicidade.
Então eu pergunto: Que emprego te faz verdadeiramente feliz com Deus, comunicador?
Hayla D. Belo
supervisão de Paulo Ubaldino