Nesta quarta-feira, 16 de novembro, a Arquidiocese do Rio de Janeiro completa 346 anos de criação, ainda como Diocese do Rio de Janeiro.
De acordo com documento divulgado em seu portal. Aos 16 de novembro de 1676, em virtude de uma reorganização dos territórios eclesiásticos solicitada pelo Príncipe Dom Pedro, Regente de Portugal, a então Administração Eclesiástica foi transformada na Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro pelo Beato Papa Inocêncio XI através da Bula Romani Pontificis pastoralis sollicitudo. Mantendo o território canônico de então até 1745, coube por exemplo à Diocese fluminense a elevação de paróquias para acompanhar com solicitude pastoral a explosão demográfica mineradora que originou as povoações das Minas Gerais, de Goiás e do Mato Grosso na primeira metade do século XVIII.
Em 1745, a Diocese do Rio de Janeiro cedeu uma considerável porção territorial canônica para a criação das Dioceses de São Paulo e Mariana e as Prelazias de Goiás e Cuiabá, o que equivaleria atualmente a boa parte da região Sudeste e a toda a região Centro-Oeste aproximadamente. Contudo, em 1750, com a celebração do Tratado de Madri e a anexação ao território brasileiro do que hoje compõe a região Sul, os atuais Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul integraram o território canônico da Diocese, que se consolidou descontínuo e assim permaneceu até o final do século XIX. Contudo, em 1848 e 1854, por solicitação do Governo Imperial brasileiro, foram criadas pelo Beato Papa Pio IX as Dioceses do Rio Grande do Sul e de Diamantina respectivamente, com território canônico cedido pela Diocese do Rio.
Por fim, aos 27 de abril de 1892, em virtude de uma reorganização dos territórios eclesiásticos solicitada pelo episcopado brasileiro, a então Diocese foi transformada na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro pelo Papa Leão XIII através da Bula Ad universas orbis Ecclesias, tornando-se “sede metropolitana” da chamada “Província Eclesiástica Meridional do Brasil” à época. A partir de então, o território canônico da Arquidiocese do Rio se restringiria aos limites da Cidade do Rio de Janeiro, como se mantém atualmente.